Um campΓ΄nio ante um juiz

Em certa noite, mas em hora incerta,
O pobre homem, jΓ‘ perdido o sono,
Demorava-se na janela aberta,
Mais amuado do que um cΓ£o sem dono.

Buscava um horizonte; errava a meta.
Ponderava no corpo um lasso tono,
Padecente de ação de classe experta
Que achaca por dinheiros ou pro bono.

O vultoso edifΓ­cio o assustou;
NΓ£o sabia onde pΓ΄r o seu nariz.
“Minha lΓ­ngua Γ© pesada…” — matutou.

Ao pΓ΄r-se entΓ£o de pΓ© ante o juiz,
Pigarreou, tossiu e enfim falou:
PeΓ§o vΓͺnia a Vossa Meretriz…